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SUPLEMENTAÇÃO EM ATIVIDADES DE ENDURANCE
 
Endurance é um termo que normalmente se utiliza para identificar atividades de longa duração. Podemos destacar: ciclismo, corrida de longa duração (meia maratona, maratona ou ultramaratona), triatlo, natação de longas distâncias, etc. Sou grande admirador dessas atividades, pois já acompanhei vários casos de pessoas obesas que iniciaram caminhadas para perder peso e após algum tempo, tornaram-se atletas de maratona ou triatlo. Mas assim como em qualquer atividade física, quanto maior o nível de treinamento atingido, maiores são os cuidados!

Em algumas situações, principalmente quando o objetivo é percorrer maiores distâncias em um tempo prolongado, a suplementação alimentar torna-se não apenas interessante para melhora da performance, mas sim, fundamental para manutenção da saúde do atleta/esportista.

Durante o exercício de endurance, normalmente a causa da fadiga pode ser devido a uma hipertermia causada por desidratação; queda na glicemia; ou ainda depleção do glicogênio, que é nossa reserva de carboidrato. Dores musculares causadas pela rotina intensa de treinamento, assim como uma debilitação do sistema imune também são outras causas que limitam a melhora da performance. Todos esses fatores podem ser amenizados pela nutrição e suplementação adequadas.

Durante o exercício, o suor é a principal forma de dissipação de calor (cerca de 80%) para o controle da temperatura corporal. Com isso, a hidratação corporal reduz e o volume do plasma sanguíneo declina, limitando a capacidade do sistema circulatório de carregar nutrientes e oxigênio para remover os metabólicos, tais como ácido lático. Uma perda no teor total de líquidos corporais em cerca de 1% pode significativamente reduzir o volume sanguíneo, colocando um stress no sistema cardiovascular, limitando a performance física.

Quanto mais desidratado, pior a performance, tanto na força, resistência, concentração e raciocínio. Uma desidratação acima de 6%, leva a cessação da sudorese, proporcionando rápido aumento na temperatura corporal, tornando a atividade perigosa à saúde. Em conjunto com água, o suor também contém eletrólitos, tais como sódio, magnésio, potássio, cloro. A redução desses minerais no plasma sanguíneo também pode comprometer o rendimento.

Uma adequada hidratação previamente ao exercício (500 ml 2 horas e 15 minutos antes) é de fundamental importância, principalmente quando o acesso à hidratação durante o exercício (muito comum em corridas) é limitado. O ideal seria o consumo entre 150 e 300 ml de água a cada 15 minutos durante a realização da atividade, variando de acordo com as características individuais e do exercício.


Além da hidratação, também existe a preocupação com as reservas do principal combustível para os praticantes desse tipo de atividade: o carboidrato. Como dissemos no início, níveis adequados de glicogênio são fundamentais para manutenção da performance. Cerca de 300 - 500 gramas de carboidratos são estocados nos músculos e entre 75 e 100 gramas no fígado na forma de glicogênio. Isso é suficiente para teoricamente se correr cerca de 10 km em intensidade moderada, alterando de acordo com a intensidade do exercício. Quanto maior a intensidade do exercício, maior a utilização de carboidratos como fonte energética. Quanto maior a adaptação do indivíduo ao exercício, também maior será sua capacidade de utilizar gordura como fonte energética. Isso é um fator que basicamente o treinamento poderá auxiliar.

A ingestão entre 200 e 300 gramas de carboidratos, entre 3 e 4 horas antes do exercício, tem demonstrado bons resultados parar otimizar os estoques de glicogênio. O uso de carboidratos entre 15 e 60 minutos antes do exercício (normalmente por meio de suplementos) apresenta resultados diferentes para cada indivíduo, sendo necessária a experiência do esportista nesse momento.

A ingestão de 150 – 200 ml a cada 15 minutos de exercício seria o ideal. Em atividades com duração acima de uma hora, a presença de eletrólitos e carboidratos é importante. A ingestão de eletrólitos é importante para se evitar a hiponatremia (redução de sódio no plasma sanguíneo), enquanto a ingestão de carboidratos poupa glicogênio, mantendo níveis adequados de glicose sanguínea e otimiza a performance. A presença de carboidratos durante o exercício também auxilia no fortalecimento do sistema imunológico.

Recomenda-se entre 30 e 60 gramas de carboidratos por hora de exercício. A concentração ideal seria entre 6 e 8%, ou seja, 1 litro de água, deveria conter 60 gramas de carboidratos, visando um ótimo esvaziamento gástrico e aproveitamento (a maioria dos repositores energéticos prontos trabalha com essa proporção, mas quando o produto vier em pó, o cuidado no preparo da solução é fundamental). Como a hidratação de corredores é mais difícil do que de ciclistas, normalmente trabalha-se com cerca de 8 a 10% de contração para os corredores, sendo muitas vezes mais interessante o consumo de géis de carboidratos (sempre acompanhados de hidratação adequada) para facilitar a ingestão.

A ingestão de carboidratos durante o exercício reduz em 80% o aumento nos níveis de cortisol. Durante o exercício, os níveis desse hormônio aumentam naturalmente quando os níveis de glicose são baixos ou durante exercícios de alta intensidade. O cortisol é um gerenciador energético, ativando a gliconeogenólise, lipólise e proteólise. A ativação da proteólise pode resultar em dano muscular.

Outro adendo interessante seria a adição de pequena quantidade de proteína (whey protein, BCAAS, glutamina) nessa solução. Essa prática tem demonstrado melhora na performance e fortalecimento do sistema imune.

Alguns indivíduos se beneficiam com a supercompensação de carboidratos, na qual, se reduz a ingestão de carboidratos (50% das calorias totais) por três dias com atividade física intensa, seguido por um período de três dias no qual se aumenta a ingestão de carboidratos (70% das calorias totais) com redução no exercício. Para alguns essa prática funciona muito bem, mas para outros, é sinônimo de fadiga, dores musculares e incômodos. Novamente, a experiência individual determinará a eficácia dessa prática.

A suplementação de cafeína é muito comum entre os praticantes de endurance e se demonstra efetiva para grande parte das pessoas. A cafeína aumenta a oxidação de gorduras, poupa o glicogênio e altera a percepção ao esforço, reduzindo a sensação da dor e proporcionando bem estar. Um dos motivos da melhora da performance induzida pela cafeína se explica pelo bloqueio nos receptores de adenosina no cérebro. Adenosina é um neurotransmissor cerebral produzido no exercício e inibe a liberação de dopamina. Quando ocorre queda nos níveis de dopamina, ocorre aumento na liberação de serotonina, outro neurotransmissor cerebral que está relacionado à fadiga no exercício.

Vale lembrar que o efeito da cafeína é completamente individual, sendo que enquanto algumas pessoas relatam grandes resultados, outros não sentem qualquer efeito. O uso constante da cafeína também apresenta redução em seus efeitos positivos. A dosagem efetiva normalmente fica entre 3 e 5 mg/kg.

Imediatamente após o exercício, o consumo de carboidratos entre 1 e 1,5 gramas/kg em conjunto com proteína é de grande valia para resíntese de glicogênio e otimizar o processo recuperativo. Isso é fundamental para aqueles que exercem mais de um treino no dia. Uma razão de três partes de carboidratos (repositor energético) para uma de proteína (whey protein) tem demonstrado bons resultados. BCAAS e glutamina podem enriquecer ainda mais a solução, tornando-a mais efetiva. Vitamina C, vitamina E, selênio, pycnogenol ou outra substância com ação antioxidante também podem ser interessantes nesse momento devido ao aumento na produção de radicais livres devido à intensidade/longa duração do exercício.

Este artigo teve por objetivo apresentar apenas algumas opções de nutrição e suplementação antes, durante e após a atividade de endurance. Vale lembrar de que para esses atletas/esportistas, cuidados com a alimentação em todos os momentos do dia são de fundamental importância, sendo que uma ótima suplementação relacionada ao treino não irá compensar uma má nutrição ao longo do dia. O exercício intenso, muitas vezes combinado com um estilo de vida estressante, pode levar a um enfraquecimento do sistema imunológico, aumento dos hormônios catabólicos, cansaço, indisposição, dentre outros fatores inesperados para um esportista/atleta. Portanto, é uma obrigação do praticante manter uma ótima nutrição/suplementação para suprir a demanda imposta pelo exercício, a fim de obter apenas os benefícios que a prática de atividade física proporciona.

Treino e Formula Perfeita Para Ganho de Massa Muscular. Será que Existe?

Você que treina musculação precisa ter em mente que não existe um treino ou formula que funcione para todo mundo ganhar massa muscular.
Um treino que de bons resultados para você pode ter efeito contrário para outras pessoas ou vice-versa.
Porém existem princípios que devem ser seguidos por todos que desejam ganhar massa muscular, são eles:

  • Treine no máximo 60 minutos por dia e trabalhe dois grupos musculares por treino (peito e tríceps, costa e bíceps ou ombro e pernas), seguindo estes dois primeiros princípios automaticamente você terá outro princípio a intensidade em seus treinamentos, pois com apenas 1 (uma) hora de treino você terá que executar no mínimo 7 (sete) exercícios com 3 (três) series cada um, sendo assim os intervalos entres as series serão reduzidos e seus músculos serão mais solicitados a cada serie.
  • Tenha uma parceiro de treinamento, mesmo que na academia que você freqüenta tenha instrutores que te auxilia nos exercícios , um amigo que treine junto com você é de sumo importância, além de ajudas nos exercícios ele proporciona motivação desafiando a levantar mais peso.
  • Concentre-se na parte negativa dos exercícios, na descida do peso, neta parte da execução tente descer lentamente o peso, com isso recrutará mais as fibras musculares e tendo melhores resultados.

  • Tenha uma alimentação balanceada, você fica apenas 1 (uma) hora na academia nas outras 23 (vinte e três) horas você precisa se alimentar e descansar, seus músculos não crescem dentro da academia e sim fora dela, a hora que você esta na academia você apenas estimula os músculos para que ele cresça você tem que se alimentar com os nutri-entes que seus músculos precisam.
  • Use bons SUPLEMENTOS ALIMENTARES eles são seus aliados na caminhada pelo seu corpo perfeito, eles servem para preencher os espaços vazios causados pela alimentação insuficiente, eles não substituirá suas refeições apenas irão complementar os nutri-entes que faltam para que no seu treino você tenha o máximo de desempenho.


  • Para que consiga melhores resultados, você terá que fazer experiências em seus treinos, tais como:
-Veja se você ganhar mais massa muscular treinando cada grupo muscular 1(uma) vez por semana ou treinando 2(duas) vezes por semana.
-Veja se é melhor treinar peito e bíceps no mesmo dia ou se treinando peito e tríceps você terá melhores resultados, e assim por diante.

FAÇA O QUE FUNCIONA PARA VOCÊ
O que funciona bem hoje não funcionará bem no ano seguinte, para se ganhar massa muscular é preciso mudar a rotina dos treinamentos. Quando perceber que não esta mais tendo resultado faça novas experiências com exercícios diferentes e variáveis diferentes como freqüência, volume e intensidade.

AEROBIOSE EM JEJUM: FAZER OU NÃO FAZER ?
Por: Waldemar Marques Guimarães Neto (Professor de Educação Física)
Osvaldo do Rosário Neto (Nutricionista)
"A gordura queima na fogueira dos carboidratos"! Quem nunca leu esta expressão em alguns livros ou ouviu de alguns professores, mestres e doutores referindo-se a ineficiência de realizar aerobiose em jejum? De uma forma geral, eles afirmam que a oxidação de lipídios só ocorre na presença de glicose. Após um período de jejum de aproximadamente 7-9 horas, segundo eles, não adianta realizar uma atividade aeróbica moderada para potencializar a lipólise, pois a reserva de glicogênio apresenta-se insuficiente para tal processo.
Em nossa experiência prescrevendo exatamente a atividade aeróbia em jejum durante quase duas década observamos justamente o contrário. Vale ressaltar que não é apenas a prática que corrobora a maior oxidação de gorduras quando o aeróbico é realizado em jejum. O pesquisador sueco Torbjorn Akerfeldt aponta ser possível solicitar três vezes mais gordura se exercitando pela manhã, em jejum, comparado à mesma atividade promovida no período da tarde após as refeições. Akerfeldt ainda recomenda pelo menos seis horas em jejum antes da atividade. Nessa situação, acredita Akerfeldt, que o organismo não tenha muito glicogênio estocado para ser solicitado como fonte de energia, ou seja, teria que ir direto aos depósitos de gordura para fornecimento de energia para que se possa completar a atividade.
Desde a publicação de seus estudos na renomada, mas extinta Revista norte americana Muscle Midia, no início da década de 1990, utilizamos sua proposta baseando-nos na tentativa com diversos atletas do bodybuilding internacional com sucesso. Nessa época estávamos no interior do maior templo do bodybuilding radical, nada menos do que a Temple Gym em Birmingham no Reino Unido. Muito embora não sedimentado em estudos conclusivos nessa época, nos foi muito eficiente a estratégia. Devem imaginar a estranhes que nos causou presunções opostas a efetividade de tal prática! Porém alguns estudos animadores vêm sedimentando nossas experiências.
No estado alimentado, a fonte predominante de energia é a reserva de glicogênio hepático e muscular, e a maior participação dos lipídios ocorre somente após 20-25 minutos de atividade. As proteínas, por meio da via proteolítica, são responsáveis por apenas 5-15% do fornecimento de energia neste processo. Já no estado de jejum, devido à baixa reserva de glicogênio e conseqüente reduzida participação da via glicolítica, a fonte predominante de energia são as gorduras, por meio da beta-oxidação, ou seja, os triglicerídeos são quebrados em glicerol e ácidos graxos e este último é convertido em Acetil CoA para posterior entrada no ciclo de Krebs e oxidação (CHAMPE, HARVEY, FERRIER, 1996). A literatura científica comprova que durante o aeróbio em jejum a presença de glicerol e ácidos graxos livres no sangue é significativamente maior do que no estado alimentado, reflexo da maior participação de gorduras (BOCK, RICHTER, RUSSEL et al, 2005; PACY, BARTON, WEBSTER, GARROW, 1985).
No jejum, a participação das proteínas se mantém entre 5-15% no processo de geração de energia, ou seja, o catabolismo muscular não é intenso desde que você não exagere no tempo e utilize alguns suplementos anti-catabólicos a fim de reduzir a proteólise.
Torbjorn relatou em seus experimentos que a proteína degradada diminuiu ao invés de aumentar durante a aerobiose em jejum. Em outras palavras, não se experimenta catabolismo muscular, mesmo em jejum. Em decorrência da grande utilização de ácidos graxos como fonte de energia no aeróbio em jejum. Segundo Champe e colaboradores (1996), ocorre um aumento significativo na produção de corpos cetônicos, responsáveis pela acidose sanguínea e conseqüente queda no rendimento, além de toxicidade quando presente em grandes quantidades.
O objetivo do aeróbico em jejum não é melhora de rendimento e sim maior queima de gorduras.
É importante salientar que sempre aconselhamos, mesmo para atletas confirmados, a introduzirem a aerobiose em jejum progressivamente, pois nem todas as pessoas se adaptam facilmente a atividades com essa natureza. Em estado de repouso, o organismo pode se adaptar ao jejum com certa facilidade, mas durante exercícios, a situação pode não ser tão simples. Muitas pessoas não conseguem se adaptar de forma eficiente à aerobiose em jejum e podem até desmaiar, reação de defesa do organismo que pode provocar danos neurais (AUER, 1983; DE COURTEN-MEYERS et al., 2000). Portanto, muito cuidado ao introduzir esse tipo de proposta. Normalmente, recomendamos para indivíduos aparentemente saudáveis, iniciar com um tempo de execução em torno de oito a 10 minutos, adicionando mais dois minutos a cada duas sessões até chegar a um período de 20 a 40 minutos de atividade.
Mas afinal, qual a relação da expressão "A gordura queima na fogueira dos carboidratos?"
No interior do ciclo de Krebs, existe um intermediário denominado oxalacetato, que é um dos responsáveis pelo funcionamento adequado do ciclo e oxidação do metabólito. A glicose é o principal precursor deste intermediário, ou seja, quando as reservas de glicogênio estão reduzidas a sua produção fica comprometida e o ciclo não "gira" com perfeição, não oxidando as gorduras de uma forma eficaz segundo alguns doutores. Informamos aos desinformados que a glicose não é o único precursor do oxalacetato, a via proteolítica também tem participação em menor grau (CURI, LAGRANHA, 2003). Além disso, nosso organismo é inteligente o suficiente para deixar reservada uma quantidade suficiente de glicose nas reservas corporais para atividade importantes, ou seja, a glicose ainda participará da produção deste intermediário, em menor grau é claro. Esta menor produção de oxalacetato causará uma queda de rendimento do indivíduo, mas ressaltamos novamente: o objetivo não é rendimento, e sim a oxidação de gorduras.
Algumas dicas importantes nesta atividade referem-se à utilização de algum termogênico antes do aeróbico a fim de potencializar a lipólise, a ingestão de 500 ml de água para prevenir desidratação, pois a água drena fluidos para dentro da célula e evita a quebra protéica; e a administração de aminoácidos de cadeia ramificada anteriormente com o objetivo de diminuir o catabolismo protéico e a espera de 20-30 minutos para realizar a primeira refeição do dia após esta atividade, pois o organismo continua a utilizar ácidos graxos após o exercício durante este tempo.
Destaca-se ainda que outro horário satisfatório para a inclusão de trabalho aeróbio efetivo para queima de gordura seria imediatamente após a sessão de treino com pesos. Após um treino com sobrecargas, que irá variar de acordo com os grupos musculares treinados, entre 30 e 40 minutos, costuma-se aproveitar o tempo que falta para completar uma hora ou uma hora e pouco, em um cicloergômetro qualquer. Nessa atividade extra já haveria uma solicitação lipídica maior, porque glicogênio já fora requerido em quantidade expressiva na atividade com pesos. Salientamos que essa estratégia não é utilizada no período off season, a não ser que a pessoa esteja concentrando mais gordura corporal do que o esperado nessa fase da preparação.
Diante disto, é evidente que a aerobiose em jejum é mais eficaz com o objetivo de maior oxidação de gorduras, contudo, o indivíduo sempre deve estar atento para não exagerar no tempo, da intensidade e no uso prolongado desta técnica, afinal todo exagero na vida é desaconselhado.

REFERÊNCIAS
CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1996.
BOCK, K.; RICHTER, E. A.; RUSSEL, A. P. et al. Exercise in the fasted state facilitates fibre type specific intramyocellular lipid breakdown and stimulates glycogen resynthesis in humans. J Physiol, v. 564, n. 2, p. 649-660, 2005.
PACY, P. J.; BARTON, N.; WEBSTER, J.; GARROW, J. S. The energy cost of aerobic exercise in fed and fasted normal subjects. The American Journal of Clinical Nutrition, p. 764-768, 1985.
CURI, R.; LAGRANHA, C. J.; PROCOPIO, J. Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de ácidos graxos durante o exercício aeróbico. Arq Bras Endocrinol Metab, v.47, n.2, p. 135-143, 2003.
AUER, R. N. Progress review: hypoglycemic brain damage. Stroke, v. 17, n. 4, p. 699-708, 1986. 
DE COURTEN-MYERS, G.; HWANG, J. H.; DUNN, R. S.; MILLS, A. S.; HOLLAND, S. K.; WAGNER, K. R.; MYERS, R.E. Hypoglycemic brain injury: potentiation from respiratory depression and injury aggravation from hyperglycemic treatment overshoots. J Cereb Blood Flow Metab, v. 20, n. 1, p. 82-92, 2000.


Musculação: Treinamento resistido para definição muscular.


Musculação é a execução de movimentos biomecânicos localizados em segmentos musculares definidos como a utilização de sobrecarga externa ou peso do próprio corpo (GUEDES Jr., 1998 apud GUEDES et al ,2006). O exercício contra resistência é uma metodologia de treinamento desportivo, cujo principal meio de treinamento é com pesos (barras, anilhas, halteres etc.), e a principal capacidade física (motora) treinada é a força. (GUEDES et al., 2006) 
Para realização de Treinos intervalados como musculação, o individuo  utiliza o sistema energético Anaeróbio (AN), que é dividido em sistema fosfagênio (ATP-PC) sendo uma forma de energia rápida (imediata) usada em movimento e exercícios de curta duração, entre 01 a 15 segundos de execução. (FOSS e KETEYIAN, 2000) e sistema lático que é predominante em treinos com duração média de 15 segundos a 3 minutos, e usado em exercícios de alta intensidade. (McARDIE et al, 1996).
 Definição muscular é um termo usado para dizer que o sujeito está com massa muscular visível. Para obter este resultado, o indivíduo necessita manter um percentual mínimo de gordura corporal, o que depende de vários fatores e um controle contínuo de sua composição corporal, para isto é necessário saber quanto ao certo se deve comer, uma das formas de se mensurar isto é através de uma soma de gasto energético diário, estas necessidades calóricas variam de acordo com sexo, tamanho corporal, idade e são reguladas por hormônios. (GUIMARÃES NETO, 2005). Para baixar o percentual de gordura, o que se ouve com freqüência é que as atividades devem ser de caráter aeróbio, estas atividades, por terem intensidade leve e moderada, permitem sua realização por um período prolongado, e utilizam como substrato energético, sobretudo, os ácidos graxos livres. (GUEDES et al, 2006). Para BOMPA (2002) este tipo exercício não atinge objetivo de eliminar gordura subcutânea, este autor indica e alega que o treino de musculação com baixa sobrecarga e muitas repetições com baixo tempo de intervalos entre as séries, consegue eliminar gordura subcutânea. No entanto, de acordo com GUEDES et al (2006) o que determinará a magnitude do emagrecimento não é o tipo de treino nem a solicitação dos substratos energéticos, mas sim o gasto calórico total.  
Quando o objetivo é definição muscular (eliminação de gordura) é comum que a dieta seja hipocalórica (baixa caloria) o que faz o individuo ficar mais fraco, desta forma impede que o treinamento se mantenha pesado, o que torna o treino de baixa intensidade e alto volume mais interessante (Di PASQUALE., 2006), porém se a dieta não for reduzida o treinamento normalmente utilizado para aumento de força e hipertrofia (baixo volume, alta intensidade) tornasse tão ou mais eficiente, já que este trabalho realiza maior consumo calórico, ressíntese de glicogênio e síntese de proteína muscular, além disto os exercícios contra resistência, independente da intensidade, trás ganho e fortalecimento da massa muscular, aceleração significativa do metabolismo e aumenta os níveis de hormônios do crescimento e testosterona, classificados como emagrecedores (DINIZ, J .2000; GUEDES et al, 2008; GENTIL 2005).
 Para PERES (2007) com exceção das primeiras semanas de treino, o organismo não eliminará gordura se estiver em um balanço energético positivo. Para se perder peso devesse seguir uma lógica matemática, se comer mais do que se consome ira engordar, da mesma forma que se consumir mais do que se ingere ira emagrecer. (GUIMARÃES NETO, 2004). É um consenso que a mistura de exercícios AN e AE e muito interessante e ajuda no consumo calórico e ambos os treinos tem seus benefícios, no entanto, a musculação é uma das atividades mais completas e eficientes para definição muscular, porém independente do tipo de treinamento o emagrecimento dependerá do balanço energético negativo. (GUEDES et al., 2006).          Referencia bibliográfica: BOMPA, Tudor o e CORNACCHI, Lorenzo J. Treinamento de Força Consciente. 2002 
DINIZ, Jocieldo. Musculação e redução de gordura, 2000, (www.fisiculturismo.com.br )

Dr. PASQUALE, Mauro Di, Dieta metabólica definitiva,.Phorte 2006

FOSS, Merle L  e KETEYIAN, Steven J. Fox - Base fisiológica do exercício e do esporte. Rio Janeiro, guanabara 2000.

GENTIL, Paulo. A verdade sobre aeróbios e emagrecimento. Gease 2002.    

GENTIL, Paulo. A musculação e o emagrecimento. Gease 2005

GUEDES, Dilmar P, SOUZA, Tácito P. Junior e ROCHA Alexandre C. Treinamento personalizado em musculação.  São Paulo, Phorte 2006.

GUIMARÂES, Waldemar Marques Neto. Anabolismo total. São Paulo, Phorte 2005.

GUIMARÂES, Waldemar Marques Neto. Um paradoxo na queima da gordura corporal. 04/11/2004
MCARDLE, Willian D, KATCH Victor L e KATCH Frank  I. Fisiologia do exercício Energia, nutrição e desempenho humano,  Rio de janeiro, Guanabara 1996.

PERES, Rodolfo. È possível ganhar massa muscular e perder gordura corporal ao mesmo tempo, 13-10-2007 (www.fisiculturismo.com.br )


PRECISO DE PROTEÍNA! QUAL SUPLEMENTO ESCOLHER?

A relação entre o
treinamento de musculação e uma adequada ingestão protéica já está bem
estabelecida. No entanto, devido às poucas opções de alimentos fonte de proteína
disponíveis, a suplementação alimentar acaba sendo praticamente inevitável para
aqueles que levam uma rotina de treinamento mais intensa. Na década de 70, essa
suplementação era realizada basicamente com claras de ovos desidratadas. Na
década de 80, além da albumina, a proteína de soja e alguns compostos de
aminoácidos também foram muito utilizados. Quando eu iniciei meus treinamentos
de musculação, bem no início dos anos 90, a albumina ainda reinava no mercado,
mas já se começava a falar em whey protein.

Sempre recomendo
para meus atletas e pacientes que a grande maioria da ingestão diária de
proteínas deve ser proveniente de fontes alimentares como: carnes vermelhas
magras, aves, peixes, frutos do mar, ovos, derivados do leite e soja (em alguns
casos). No entanto, em algumas situações (imediatamente antes ou após o treino),
a utilização de suplementos alimentares pode proporcionar maiores benefícios –
como a velocidade de absorção, por exemplo. Além de momentos em que a ingestão
de um alimento sólido torna-se complicada (ou você comeria um filé de peito de
frango na frente do seu chefe em uma reunião bem no meio da tarde?).

Nos
dias atuais, temos uma grande variedade de suplementos protéicos disponíveis no
mercado. Isto é fantástico, mas de nada adianta essa grande oferta, se não
houver um consumo adequado desses produtos. Neste artigo iremos discutir os
suplementos protéicos mais comuns e como poderiam ser
utilizados.


Whey protein

Sem dúvida
a whey protein é o suplemento mais vendido atualmente. Todo esse
destaque é merecido, visto que essa proteína, proveniente do soro do leite,
apresenta efeitos positivos no combate de alguns tipos de câncer, ação
antioxidante (glutationa - excelente para otimizar o processo de recuperação),
estimula a síntese protéica (rica em leucina), dentre outros efeitos.

Um
benefício da whey protein não muito comentando e muito importante,
seria a capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos. A
whey contém peptídeos que inibem certa enzima (ACE) que possui ação
vasoconstritora. Isto proporciona um maior fornecimento de nutrientes, hormônios
anabólicos (GH e testosterona) e oxigênio para os músculos durante o exercício.
O resultado seria uma melhor performance durante o treinamento e uma ótima
recuperação/regeneração após.

Devido a sua capacidade de ser absorvida
rapidamente, os melhores horários para o uso de whey protein seriam:
desjejum, logo antes e logo após o treino. Dentre as formas desse suplemento
encontradas no mercado (concentrada, hidrolisada, isolada, isolada micro
particulada), a hidrolisada e a isolada micro particulada são as que possuem a
maior velocidade de absorção.


Caseína
micellar


Cerca de 80% da proteína do leite é caseína. Possui
grande concentração de glutamina, que possui inúmeros benefícios para um
indivíduo engajado em um treinamento intenso, fortalecendo o sistema imune e
estimulando a síntese protéica. A caseína é conhecida pela sua velocidade de
absorção mais lenta do que a whey protein, sendo perfeita para ser
utilizada como complemento protéico de refeições intermediárias e antes de
dormir. Alguns estudos apresentam benefícios em utilizar caseína micellar em
conjunto com whey protein imediatamente após o treino. Inclusive alguns
bodybuilders de sucesso, vêm utilizando essa fórmula e afirmam obter
grandes resultados.


Proteína do leite
isolada


Este suplemento (milk protein) apresenta os
benefícios protéicos do leite (caseína e whey protein), com remoção de
praticamente toda lactose e gordura encontradas no leite. Fornece geralmente
cerca de 85% de proteína, apresentando uma velocidade de absorção mais lenta do
que a whey protein. Portanto, é uma excelente escolha para ser
utilizada nas refeições intermediárias e antes de
dormir.


Proteína da carne em pó

Embora
possa parecer estranho, os suplementos a base de proteína da carne bovina
possuem uma rápida absorção. É removida toda a gordura da carne, restando os
aminoácidos e outras substâncias interessantes, como a creatina. São ótimas
opções para quem possui intolerância à lactose e/ou outras substâncias presentes
no leite de vaca. Devido à capacidade de rápida absorção, é uma boa alternativa
para ser utilizada no desjejum, logo antes e logo após o
treinamento.


Proteína da clara do ovo -
Albumina


Apesar de já ter tido seus anos de glória, a albumina
ainda pode ser muito bem utilizada, visto seu alto valor biológico. A albumina é
rica em BCAAS e em arginina, auxiliando respectivamente na síntese protéica e no
estímulo a produção de óxido nítrico.  A clara do ovo contém mais de 40
diferentes tipos de proteína, mas cerca de 55% é albumina. Possui uma absorção
mais rápida do que a caseína micellar e mais lenta do que a whey
protein
. Pode ser muito bem utilizada nas refeições intermediárias e/ou
antes de dormir (com caseína). A albumina é muito conhecida por seus efeitos
quanto ao aumento da flatulência. Uma sugestão seria mastigar muito bem os
alimentos se estiver usando essa suplementação. Com isto, a ingestão de ar
reduziria consideravelmente. Como tudo que entra, tem que sair... Bom, façam o
teste e verão que funciona.


Proteína da soja

Muitos adeptos da musculação simplesmente desprezam a proteína
de soja devido à presença de fito estrógenos, com o medo de reduzir a produção
endógena de testosterona. Diversos estudos já comprovaram de que esta relação é
uma falácia. A proteína isolada de soja é uma excelente fonte protéica,
inclusive do aminoácido arginina. Este aminoácido auxilia nos níveis de óxido
nítrico e hormônio do crescimento.

Também possui uma excelente
concentração de antioxidantes. Em períodos de redução da gordura corporal, a
proteína isolada de soja apresenta um ótimo papel, visto que apresenta um
auxílio no controle do apetite e melhor ajuste dos hormônios tireoidianos.
Apresenta velocidade de absorção mais lenta do que a whey protein e
mais rápida do que a caseína. Alguns estudos demonstram que sua utilização pode
ser bem útil em conjunto com a whey protein tanto no período pré como
no período pós treino. O uso no período pré-treino se justificaria devido à
presença de arginina e o uso no período pós-treino devido à presença dos
antioxidantes. Uma outra dica seria o uso de proteína isolada de soja em
conjunto com caseína micellar e albumina nas refeições intermediárias, fazendo
portanto, um mix protéico da mais alta qualidade.

Como vimos, temos
ótimas opções de suplementos protéicos disponíveis no mercado. Tudo irá depender
da necessidade, características da dieta e disponibilidade financeira. Lembre-se
que grandes campeões do passado como Arnold Schwarzenegger, Sergio Oliva, Franco
Columbo, Frank Zane, dentre outros, não possuíam toda esta variedade a
disposição e mesmo assim conseguiram resultados fantásticos! O grande
determinante do sucesso ainda é a determinação de cada um! Para evitar um uso
inadequado da suplementação alimentar, busque sempre orientação com um
nutricionista esportivo.